O jogo foi decidido nos "penaltis" e o Sporting voltou a falhar nesse capítulo. Na actual temporada já muitos jogadores leoninos falharam a marcação do castigo máximo. Bons jogadores como Andresson Polga, Leandro Romagnoli, João Moutinho ou Liedson, que antes faziam a alegria dos adeptos, este ano, não conseguem ultrapassar o "drama".
Crónica do Jogo:
A partida começou equilibrada, pois as equipas conhecem-se bem (foi o 4º jogo entre ambas). Paulo Bento escalou um "onze" de contenção, isto é, com muitos homens de meio-campo, enquanto Carlos Carvalhal apostava na sua tática habitual, ou seja, uma equipa virada para o contra-ataque.
Na primeira parte, os sadinos foram os melhores, mas não conseguiram criar muitas oportunidades de golo, já que o Sporting conseguia tapar todos os caminhos para a baliza de Rui Patrício. O Vitória tentou depois bolas altas para a grande área contrária (para aproveitar a baixa estatura dos jogadores leoninos) mas continuava a não encontrar o caminho para o golo. Assim terminou o primeiro tempo, que teve apenas uma emoção. Aos 14 minutos, Claudio Pittbull corre isolado em direcção à baliza do Sporting, depois de uma perda infantil de Miguel Veloso (que fez uma péssima exibição), e Abel vindo de trás "corta a bola" fazendo o sadino cair. O Vitória pede falta, mas o árbitro manda seguir dizendo que não houve nada. Na altura ficou a dúvida, e mesmo a repetição na televisão não esclarece o lance.
Na segunda metade o jogo melhorou e o Sporting também, mas foi do Vitória a primeira e mais clara hipotese de golo. Aos 50 minutos, Rui Patricio efectua um pontapé de baliza e envia a bola exactamente para os pés de Pittbull que mais uma vez corre isolado para as redes leoninas e caí perto da grande área. Desta vez o árbitro da partida marca falta e "dá" o cartão amarelo a Miguel Veloso. Do livre, marcado pelo mesmo Pittbull, resulta uma bola na base do poste direito da baliza do "guardião" do Sporting.
A equipa de Alvalade talvez assustada pelo lance resolve "acordar" e começa a trocar a bola mais rapidamente, a variar o lado por onde atacava (ora à esquerda, ora à direita) e a acercar-se com mais perigo da baliza de Eduardo. Foi o melhor periodo dos "leões", que cada vez mais iam empurrando os sadinos para o seu meio-campo. João Moutinho e Liedson tentaram a sua sorte, mas a baliza do Vitória continuava inviolável.
Aos 64 minutos acontece a melhor oportunidade do Sporting: Simon Vukcevic tem uma arrancada daquelas que, às vezes, se "lembra" de fazer, que concluí com um remate que passa muito perto das redes sadinas. O chuto foi perigoso mas Eduardo parecia que tinha a situação controlada.
Até aos 90 minutos o que se viu foi o Vitória a atacar e o Sporting a perder bolas inacreditáveis no seu meio-campo. No final do jogo o 0-0 castigava os sadinos que foram mais equipa durante todo o encontro e mereciam ganhar a Taça no jogo jogado.
Mas como a lógica não existe no Futebol, lá se foi para a "lotaria" das grandes penalidades, e a "sorte grande" saiu ao V. Setúbal, pois os "leões" voltaram a falhar nesse captulo tão importante e decisivo. Andresson Polga, Liedson e Izmailov permitiram a defesa de Eduardo, que foi eleito como o "herói" do jogo pelos adeptos sadinos.
Por João Miguel Pereira, jornalista "Sport Blog"
Foto: Mais Futebol