No derby que antecede o grande derby, o Sporting não permitiu, ao Belenenses, mais do que ambicionar a primeira vitória no campeonato.
Em Barcelona ficou o único revés da equipa leonina até ao momento, prosseguindo em território nacional o sucesso total: em três jornadas, nove pontos arrecadados e o conforto da liderança quando se segue o Benfica na agenda.
E como um mau jogo (europeu) não faz uma equipa, Paulo Bento apostou praticamente no mesmo onze de Camp Nou, apenas com Hélder Postiga a substituir o lesionado Derlei. Miguel Veloso voltou a sentar-se no banco, tal como Vukcevic, que recuperou a confiança do treinador após o interregno na Liga dos Campeões e algumas considerações sobre os verdadeiros motivos que levaram ao seu afastamento.
Já Casemiro Mior, com várias baixas por lesão, desenrascou uma equipa que não soube acompanhar a clareza de ideias de Silas ou Zé Pedro, insuficientes para travar as melhores opções dos lideres da Liga Sagres.
Crónica do Jogo:
A noite, para o Sporting, não foi assim tão simples, apesar de o adversário ser presa fácil. Isto porque os "leões" chegaram à vantagem com mérito, mas sem o... merecerem. Foram, claramente, mais determinados no ataque, contudo, Hélder Postiga inaugurou o marcador apenas aos 34 minutos e em posição irregular: Carciano estava atrás de Júlio César quando o ponta-de-lança empurrou para o fundo da baliza, o árbitro assim não entendeu, o Belenenses não se queixou e o encontro prosseguiu num ritmo inferior ao inicial.
Os primeiros 45 minutos foram mal jogados e o intervalo não acabou com o fraco desempenho dentro de campo, mas trouxe Vukcevic e aplausos em jeito de bofetadas para Paulo Bento, que começaram ainda na primeira parte, aos 44m, após Izmailov se ter magoado e o treinador mandar o montenegrino para o aquecimento. Os adeptos festejaram o regresso do médio no segundo tempo e de forma bem sonora, não fosse dar-se o caso de Paulo Bento não perceber a (in)directa.
Na segunda metade, também a sorte manteve-se do lado da equipa da casa e mais uma vez Postiga foi o protagonista: Aos 49 minutos, Maykon fez falta sobre o avançado em zona proibida e Elmano Santos não hesitou em assinalar o castigo máximo. Romagnoli converteu, sentenciou o resultado em 2-0 e o número acabou por afectar (ainda mais) o (des)empenho das equipas.
Aos 62 minutos, e já depois de Rui Patrício e Júlio César terem brilhado entre postes a remates de Silas (55m) e Romagnoli (61m), Yannick Djaló introduziu a bola na baliza, todavia, a bandeira fora erguida e o fora-de-jogo assinalado e bem. Já em cima do apito final, Postiga falhou, inacreditavelmente, o 3-0.
Para finalizar contamos outro tipo de história, a dos números, bem mais interessante do que a do jogo: O Sporting venceu pela 50ª vez o Belenenses, que nunca conseguiu bater o adversário no Estádio de Alvalade. Já lá vão mais de 50 anos desde a última vitória dos azuis no terreno dos leões (foi no Estádio Nacional, a 26 de Dezembro de 1954, na 13ª jornada) e mais um se acrescenta agora.
Por Catarina Machado, jornalista "Mais Futebol"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário