Depois de ter vencido o E. Amadora por 2-1, o Sporting voltou esta manhã aos treinos na Academia de Alcochete.
A principal novidade do apronto foi a inclusão do russo Marat Izmailov no trabalho de conjunto, mas ainda sob vigilância médica. O talentoso médio deverá regressar à competição nos próximos dias.
Mas as boas notícias para Paulo Bento acabam aqui, pois o defesa brasileiro Pedro Silva lesionou-se no jogo com os amadorenses (estiramento do ligamento lateral interno do joelho direito) e está em dúvida para o encontro com a Académica, que se realiza no próximo fim-de-semana.
Além de Pedro Silva, Andresson Polga (que não poderá jogar o próximo desafio por ter visto o 5º cartão amarelo) também não participou na sessão, pois pediu dispensa para poder ir tratar de assuntos pessoais.
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
domingo, 26 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
Liga Sagres: Sporting vence em Guimarães por 2-1 e continua na luta pelo título
O Sporting foi até Guimarães vencer o Vitória local por 2-1, no jogo mais importante da 24ª Jornada da Liga Sagres, disputado esta noite no Estádio D. Afonso Henriques.
Com este resultado, os "leões" ainda continuam a sonhar com o título, pois aconteça o que acontecer com o F.C. Porto, o Sporting nunca ficará a mais de 4 pontos da liderança.
Crónica do Jogo:
O Sporting entrou muito bem na partida e logo aos 4 minutos, Derlei poderia ter marcado, mas a bola acertou em cheio na barra da baliza de Nílson.
Pouco depois, o Vitória respondeu com um grande remate de Nuno Assis, que Rui Patrício defendeu com alguma dificuldade.
À passagem do 15º minuto, novo ataque do Sporting, novo remate de Derlei e novamente a bola acerta na barra da baliza vitoriana.
Os "leões" atacavam cada vez mais, e numa bela jogada pela ala direita, Liedson remata forte e colocado, mas Nílson, com uma grande intervenção, nega o golo.
O V. Guimarães limitava-se a apostar no contra-ataque e numa rápida descida à área leonina, Roberto quase marcava, mas Rui Patrício voltava a impedir que o avançado brasileiro festejasse mais um golo.
Aos 43 minutos, surge o "caso" do jogo: num lançamento de linha lateral, Marco Caneira coloca a bola em Daniel Carriço, no entanto o jogador do Sporting atrapalha-se e deixa a bola fugir para perto da grande área vimaranense; vendo que ainda tinha possibilidades de apanhar o esférico corre para ele e quando se prepara para rematar "aparece-lhe" à frente a perna de Gregory; os pés dos jogadores chegam a tocar-se, mas a bola sobra para o defesa leonino, que corre isolado para a baliza e marca golo. Enquanto os jogadores do Sporting festejavam, Bruno Paixão anula o golo, por considerar que houve "pé em riste" do jogador leonino.
Nas imagens é possível ver que Bruno Paixão está a olhar para Gregory e Daniel Carriço, durante o referido lance e não assinala nada, mandando prosseguir com o jogo.
Entre o possível "pé em riste" e o golo do Sporting passam-se cerca de 5 segundos, tempo mais que suficiente para o árbitro interromper o jogo e marcar a falta.
Em causa, não está se existe ou não existe falta, mas sim o facto do árbitro assinalar uma infracção muito depois dela ter acontecido.
Polémicas à parte, o jogo continuou renhido e muito bem disputado, com ambas as equipas a tentarem chegar ao golo.
Na segunda parte, a partida continuou quente e Bruno Paixão resolve ser novamente protagonista, mostrando cartão amarelo a João Moutinho, por um puxão de camisola a Milhazes. Aqui, não se discute o cartão amarelo ao jogador leonino, mas sim o critério utilizado pelo juiz setubalense, pois minutos antes, o mesmo Milhazes têm uma entrada muito dura sobre o mesmo João Moutinho e o árbitro apita apenas a falta, não punindo o jogador vitoriano com qualquer cartão.
Pouco depois, jogada perigosa do V. Guimarães, cruzamento largo de João Alves para o coração da grande área, onde aparece Roberto que, de cabeça, marca o seu 8º golo na Liga Sagres.
O avançado brasileiro marcou aos 3 grandes, 20 anos depois de Paulinho Cascavel ter feito o mesmo com a mesma camisola.
A perder, Pulo Bento fez entrar Hélder Postiga, mas o dianteiro ex- F.C. Porto não consegue trazer nada de novo ao jogo, que se estava a tornar morno.
Sendo assim, Bruno Paixão resolve "incendiar os ânimos" e mostra cartão amarelo a Derlei, depois de uma falta dura deste sobre Desmarets.
Assim que viu a cartolina, Paulo Bento não se conteve e saltou do banco, gritando uma data de palavrões dirigidas ao árbitro da partida.
Bruno Paixão não teve outro remédio senão expulsar o técnico leonino, que no caminho para os balneários continuou com o discurso apimentado.
Quem ficou a "tomar conta" da equipa foi o treinador-adjunto Carlos Pereira, que teve uma ideia de mestre, ao tirar Caneira e colocar Ronny, pois o brasileiro revolucionou todo o jogo leonino.
Aos 81 minutos, o extremo cruza para a grande área, onde aparece Derlei a cabecear para dentro da baliza vimaranense, lançando a festa no topo sul do anfiteatro do Vitória minhoto.
Pouco depois, e à beira do fim, o mesmo Ronny passa para Derlei, que com um golpe de rins, consegue isolar Liedson; o "levezinho" sozinho frente à Nilson, não teve dificuldade em marcar o seu 14º golo, continuando a 4 do líder Nêne na lista dos Melhores Marcadores da Liga Sagres.
Pouco depois, o polémico Bruno Paixão dava por terminada a partida, que o Sporting venceu com muita dificuldade, onde a raça e o querer foram determinantes frente a um Vitória que voltou a complicar a tarefa, tal como tinha feito ao F.C. Porto e ao Benfica.
Ficha do Jogo:
Estádio: D. Afonso Henriques
Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal)
V. GUIMARÃES - Nilson; Andrezinho, Gregory, Moreno e Milhazes; Flavio Meireles, João Alves, Desmarets e Nuno Assis; Marquinho e Roberto
Jogaram Ainda: Luis Filipe, Santana Carlos e Custódio
Suplentes não utilizados: Nuno Santos, Sereno, Carlitos e Fajardo
Treinador: Manuel Cajuda
SPORTING - Rui Patrício; Pedro Silva, Daniel Carriço, Andresson Polga e Marco Caneira; Miguel Veloso, Adrien Silva, Bruno Pereirinha e João Moutinho; Derlei e Liedson
Jogaram Ainda: Hélder Postiga, Ronny e Tonel
Suplentes não utilizados: Ricardo Baptista, Leandro Romagnoli, Abel e Rodrigo Tiui
Treinador: Paulo Bento
Cartões Amarelos: Miguel Veloso, João Alves, João Moutinho, Derlei, Bruno Pereirinha e Luís Filipe
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
Com este resultado, os "leões" ainda continuam a sonhar com o título, pois aconteça o que acontecer com o F.C. Porto, o Sporting nunca ficará a mais de 4 pontos da liderança.
Crónica do Jogo:
O Sporting entrou muito bem na partida e logo aos 4 minutos, Derlei poderia ter marcado, mas a bola acertou em cheio na barra da baliza de Nílson.
Pouco depois, o Vitória respondeu com um grande remate de Nuno Assis, que Rui Patrício defendeu com alguma dificuldade.
À passagem do 15º minuto, novo ataque do Sporting, novo remate de Derlei e novamente a bola acerta na barra da baliza vitoriana.
Os "leões" atacavam cada vez mais, e numa bela jogada pela ala direita, Liedson remata forte e colocado, mas Nílson, com uma grande intervenção, nega o golo.
O V. Guimarães limitava-se a apostar no contra-ataque e numa rápida descida à área leonina, Roberto quase marcava, mas Rui Patrício voltava a impedir que o avançado brasileiro festejasse mais um golo.
Aos 43 minutos, surge o "caso" do jogo: num lançamento de linha lateral, Marco Caneira coloca a bola em Daniel Carriço, no entanto o jogador do Sporting atrapalha-se e deixa a bola fugir para perto da grande área vimaranense; vendo que ainda tinha possibilidades de apanhar o esférico corre para ele e quando se prepara para rematar "aparece-lhe" à frente a perna de Gregory; os pés dos jogadores chegam a tocar-se, mas a bola sobra para o defesa leonino, que corre isolado para a baliza e marca golo. Enquanto os jogadores do Sporting festejavam, Bruno Paixão anula o golo, por considerar que houve "pé em riste" do jogador leonino.
Nas imagens é possível ver que Bruno Paixão está a olhar para Gregory e Daniel Carriço, durante o referido lance e não assinala nada, mandando prosseguir com o jogo.
Entre o possível "pé em riste" e o golo do Sporting passam-se cerca de 5 segundos, tempo mais que suficiente para o árbitro interromper o jogo e marcar a falta.
Em causa, não está se existe ou não existe falta, mas sim o facto do árbitro assinalar uma infracção muito depois dela ter acontecido.
Polémicas à parte, o jogo continuou renhido e muito bem disputado, com ambas as equipas a tentarem chegar ao golo.
Na segunda parte, a partida continuou quente e Bruno Paixão resolve ser novamente protagonista, mostrando cartão amarelo a João Moutinho, por um puxão de camisola a Milhazes. Aqui, não se discute o cartão amarelo ao jogador leonino, mas sim o critério utilizado pelo juiz setubalense, pois minutos antes, o mesmo Milhazes têm uma entrada muito dura sobre o mesmo João Moutinho e o árbitro apita apenas a falta, não punindo o jogador vitoriano com qualquer cartão.
Pouco depois, jogada perigosa do V. Guimarães, cruzamento largo de João Alves para o coração da grande área, onde aparece Roberto que, de cabeça, marca o seu 8º golo na Liga Sagres.
O avançado brasileiro marcou aos 3 grandes, 20 anos depois de Paulinho Cascavel ter feito o mesmo com a mesma camisola.
A perder, Pulo Bento fez entrar Hélder Postiga, mas o dianteiro ex- F.C. Porto não consegue trazer nada de novo ao jogo, que se estava a tornar morno.
Sendo assim, Bruno Paixão resolve "incendiar os ânimos" e mostra cartão amarelo a Derlei, depois de uma falta dura deste sobre Desmarets.
Assim que viu a cartolina, Paulo Bento não se conteve e saltou do banco, gritando uma data de palavrões dirigidas ao árbitro da partida.
Bruno Paixão não teve outro remédio senão expulsar o técnico leonino, que no caminho para os balneários continuou com o discurso apimentado.
Quem ficou a "tomar conta" da equipa foi o treinador-adjunto Carlos Pereira, que teve uma ideia de mestre, ao tirar Caneira e colocar Ronny, pois o brasileiro revolucionou todo o jogo leonino.
Aos 81 minutos, o extremo cruza para a grande área, onde aparece Derlei a cabecear para dentro da baliza vimaranense, lançando a festa no topo sul do anfiteatro do Vitória minhoto.
Pouco depois, e à beira do fim, o mesmo Ronny passa para Derlei, que com um golpe de rins, consegue isolar Liedson; o "levezinho" sozinho frente à Nilson, não teve dificuldade em marcar o seu 14º golo, continuando a 4 do líder Nêne na lista dos Melhores Marcadores da Liga Sagres.
Pouco depois, o polémico Bruno Paixão dava por terminada a partida, que o Sporting venceu com muita dificuldade, onde a raça e o querer foram determinantes frente a um Vitória que voltou a complicar a tarefa, tal como tinha feito ao F.C. Porto e ao Benfica.
Ficha do Jogo:
Estádio: D. Afonso Henriques
Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal)
V. GUIMARÃES - Nilson; Andrezinho, Gregory, Moreno e Milhazes; Flavio Meireles, João Alves, Desmarets e Nuno Assis; Marquinho e Roberto
Jogaram Ainda: Luis Filipe, Santana Carlos e Custódio
Suplentes não utilizados: Nuno Santos, Sereno, Carlitos e Fajardo
Treinador: Manuel Cajuda
SPORTING - Rui Patrício; Pedro Silva, Daniel Carriço, Andresson Polga e Marco Caneira; Miguel Veloso, Adrien Silva, Bruno Pereirinha e João Moutinho; Derlei e Liedson
Jogaram Ainda: Hélder Postiga, Ronny e Tonel
Suplentes não utilizados: Ricardo Baptista, Leandro Romagnoli, Abel e Rodrigo Tiui
Treinador: Paulo Bento
Cartões Amarelos: Miguel Veloso, João Alves, João Moutinho, Derlei, Bruno Pereirinha e Luís Filipe
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
terça-feira, 14 de abril de 2009
Sporting: Jose Roquette considera que o debate entre Soares Franco e Dias da Cunha foi "triste, deprimente e desnecessário"
O antigo presidente do Sporting, José Roquette, criticou duramente o recente debate entre Soares Franco e Dias da Cunha, dizendo que foi "triste, deprimente e desnecessário".
A entrada para mais uma reunião do Conselho Leonino, Roquette acrescentou ainda que "Soares Franco não se deveria ter sujeitado ao que aconteceu, pois aquele debate não serviu para esclarecer quem quer que fosse, antes pelo contrário".
Apesar das criticas, o antigo presidente do Sporting saudou ambos os presentes no debate, referindo ainda que "é preciso coragem para vir debater problemas graves na praça pública".
A terminar, importa recordar que José Roquette foi presidente do Sporting entre 2000 e 2005, tendo ganho dois prémios de Gestor Desportivo do Ano. Nesse período, o clube leonino conquistou dois campeonatos e duas Taças de Portugal.
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
A entrada para mais uma reunião do Conselho Leonino, Roquette acrescentou ainda que "Soares Franco não se deveria ter sujeitado ao que aconteceu, pois aquele debate não serviu para esclarecer quem quer que fosse, antes pelo contrário".
Apesar das criticas, o antigo presidente do Sporting saudou ambos os presentes no debate, referindo ainda que "é preciso coragem para vir debater problemas graves na praça pública".
A terminar, importa recordar que José Roquette foi presidente do Sporting entre 2000 e 2005, tendo ganho dois prémios de Gestor Desportivo do Ano. Nesse período, o clube leonino conquistou dois campeonatos e duas Taças de Portugal.
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Sporting: Debate Soares Franco/Dias da Cunha marcado por acusações mútuas
O actual e ex-presidente do Sporting Clube de Portugal, Filipe Soares Franco e Dias da Cunha, estiveram hoje num debate realizado no canal televisivo SIC Notícias.
O encontro entre os dois começou logo em tom acusatório, pois a primeira coisa que Dias da Cunha disse foi "finalmente, há coragem. Há 3 anos e meio que pedia ao Sr. Soares Franco para vir debater a vida do Sporting num canal televisivo. Mas ele recusou sempre, se calhar, por medo, pois não vejo outra razão".
Logo de seguida, Soares Franco respondeu: "Durante 3 anos e meio evitei este debate em público, porque achei que existiam outras formas de o fazer, cara a cara, no Conselho Leonino, nas Assembleias Gerais regulares e no Congresso que recentemente teve lugar. Não foi assim, paciência. Disse que eu tinha medo do debate, pronto! Aqui estou!".
Dias da Cunha aproveitou as declarações de Soares Franco para atacar, mais uma vez, o actual presidente leonino: "Eu também me oponho a este tipo de debate. Mas, gostava de esclarecer um pequeno ponto. Há uns tempos atrás, houve uma assembleia geral, onde o Sr. Soares Franco teve uma hora e qualquer coisa para dizer o que muito bem entendia, e a mim, deram-me 3 minutos. Fiquei a perceber o que é que me esperavam as assembleias gerais do Sporting. Em relação ao Conselho Leonino, onde pela primeira vez ouvi falar no famoso buraco das contas, ouvi o Sr. a dizer de sua justiça, enquanto eu, assim que subi ao palanque comecei a ouvi vozes e berros para eu não falar; logo vi que não estava ali a fazer nada. Ainda escrevi uma carta para explicar o sucedido, mas o Sr. não teve pejo nenhum em me responder. A única carta que recebi do Sporting, data de Maio de 2005, a dizer que o Sr. Soares Franco não queria ser presidente do Sporting. Não queria, e foi para lá? Para quê?, pergunto eu; Vai-se candidatar a um posto que não está interessado? Quem se candidata a coisas que para si não têm interesse, é porque não tem mais nenhum sítio para onde ir, ou então, e porque espera retirar dividendos desse posto. E estou certo e seguro que o Sr. Soares Franco tem muitos sítios a onde ir".
A partir daqui, ambos começaram a ficar muito nervosos, berrando ao mesmo tempo, levando o moderador a fazer um pequeno intervalo para serenar os ânimos.
No regresso, a palavra foi dada a Soares Franco que acusou Dias da Cunha de ter sido "o único presidente de um clube, que se demite ao mesmo tempo que despede o treinador".
Na resposta, o ex-presidente afirmou que "a vida do José [Peseiro] no Sporting foi muito má. E eu saí na mesma altura, porque havia pessoas que me queriam atingir. Eu até disse ao José para ele ficar, porque o alvo era eu. Mas ele disse que estava cansado, e que queria sair do futebol por uns tempos. A campanha estava montada contra mim, eu sai, ele saiu porque ele quis, não foi despedido, como muitos dizem por aí".
Sobre as finanças do clube e o actual "buraco financeiro", os dois lados do debate não chegaram a um consenso, acusando-se mutuamente.
O primeiro a falar foi Soares Franco, revelando que "no dia 24 de Fevereiro de 2006, Rui Meireles escreveu aos bancos que trabalham com o Sporting, a dizer que o défice era de 16,7 milhões de euros. A 24 de Outubro, Rui Meireles diz que se encontram vendidos tal, tal e tal. Em 2006, quem era presidente do Sporting era você, não era eu. Quem vendeu o património não fui eu, foi você. No artigo 30, aliena C, comprometeu-se a alienar até 31 de Junho de 2006 o edifício-sede. Ele ainda pertence ao Sporting, graças a quem? A si? Não me parece".
António Dias da Cunha também relata uma carta de Rui Meireles para fazer a sua defesa: "O Rui Meireles mandou-me há pouco uma carta onde diz: «É vergonhosa a campanha à presidência alicerçada na conversa do buraco financeiro». A conversa do buraco financeiro foi uma invenção sua para não ter concorrência nas eleições. «Ora, isto está mau e eu vou-me lá meter, é claro que não», foi isto que pensaram as pessoas que queriam concorrer. Se calhar, foi até isso que assustou Ernesto Ferreira da Silva. O Conselho Fiscal está tomado por si. Eu nunca tive influência no Conselho Fiscal, já o Sr. está lá metido todos os dias".
Ao ouvir isto, Soares Franco não se conteve e lançou mais uma "acha para a fogueira", acusando Dias da Cunha de ter "sacado ao clube, 45 milhões de euros", acrescentando ainda que "se a dívida do Sporting atinge hoje os 280 milhões de euros, muito se deve a si, que andou a roubar o clube".
Dias da Cunha afirmou que para explicar essa situação, precisaria de "mais do dobro do tempo que leva este debate. Mas se quiser explicações, terei todo o gosto em apresentá-las numa Assembleia Geral, se me derem tempo para falar".
Nas "alegações finais", Soares Franco prescindiu de falar, dizendo que "por mim está tudo explicado", enquanto Dias da Cunha afirmou que "o que me separa da actual direcção do Sporting é o conceito do que quero para o clube. O último serviço que posso prestar ao clube é assistir, impávido, a este caminho errado. Esta assembleia referendária é o caminho contrário. Como não se quer discussão, limitam-se a pedir que votem, e que aprovem. Não estão para dar explicações, e os sócios têm que ser esclarecidos. Mas, para isso, é preciso tempo. E tempo é coisa que o Sr. Soares Franco não quer «perder» explicando as coisas, pois acabaria por ser «descoberto»".
O debate que durou cerca de uma hora, foi marcado pelas fortes emoções, que cada um dos intervenientes pôs nas suas declarações.
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
O encontro entre os dois começou logo em tom acusatório, pois a primeira coisa que Dias da Cunha disse foi "finalmente, há coragem. Há 3 anos e meio que pedia ao Sr. Soares Franco para vir debater a vida do Sporting num canal televisivo. Mas ele recusou sempre, se calhar, por medo, pois não vejo outra razão".
Logo de seguida, Soares Franco respondeu: "Durante 3 anos e meio evitei este debate em público, porque achei que existiam outras formas de o fazer, cara a cara, no Conselho Leonino, nas Assembleias Gerais regulares e no Congresso que recentemente teve lugar. Não foi assim, paciência. Disse que eu tinha medo do debate, pronto! Aqui estou!".
Dias da Cunha aproveitou as declarações de Soares Franco para atacar, mais uma vez, o actual presidente leonino: "Eu também me oponho a este tipo de debate. Mas, gostava de esclarecer um pequeno ponto. Há uns tempos atrás, houve uma assembleia geral, onde o Sr. Soares Franco teve uma hora e qualquer coisa para dizer o que muito bem entendia, e a mim, deram-me 3 minutos. Fiquei a perceber o que é que me esperavam as assembleias gerais do Sporting. Em relação ao Conselho Leonino, onde pela primeira vez ouvi falar no famoso buraco das contas, ouvi o Sr. a dizer de sua justiça, enquanto eu, assim que subi ao palanque comecei a ouvi vozes e berros para eu não falar; logo vi que não estava ali a fazer nada. Ainda escrevi uma carta para explicar o sucedido, mas o Sr. não teve pejo nenhum em me responder. A única carta que recebi do Sporting, data de Maio de 2005, a dizer que o Sr. Soares Franco não queria ser presidente do Sporting. Não queria, e foi para lá? Para quê?, pergunto eu; Vai-se candidatar a um posto que não está interessado? Quem se candidata a coisas que para si não têm interesse, é porque não tem mais nenhum sítio para onde ir, ou então, e porque espera retirar dividendos desse posto. E estou certo e seguro que o Sr. Soares Franco tem muitos sítios a onde ir".
A partir daqui, ambos começaram a ficar muito nervosos, berrando ao mesmo tempo, levando o moderador a fazer um pequeno intervalo para serenar os ânimos.
No regresso, a palavra foi dada a Soares Franco que acusou Dias da Cunha de ter sido "o único presidente de um clube, que se demite ao mesmo tempo que despede o treinador".
Na resposta, o ex-presidente afirmou que "a vida do José [Peseiro] no Sporting foi muito má. E eu saí na mesma altura, porque havia pessoas que me queriam atingir. Eu até disse ao José para ele ficar, porque o alvo era eu. Mas ele disse que estava cansado, e que queria sair do futebol por uns tempos. A campanha estava montada contra mim, eu sai, ele saiu porque ele quis, não foi despedido, como muitos dizem por aí".
Sobre as finanças do clube e o actual "buraco financeiro", os dois lados do debate não chegaram a um consenso, acusando-se mutuamente.
O primeiro a falar foi Soares Franco, revelando que "no dia 24 de Fevereiro de 2006, Rui Meireles escreveu aos bancos que trabalham com o Sporting, a dizer que o défice era de 16,7 milhões de euros. A 24 de Outubro, Rui Meireles diz que se encontram vendidos tal, tal e tal. Em 2006, quem era presidente do Sporting era você, não era eu. Quem vendeu o património não fui eu, foi você. No artigo 30, aliena C, comprometeu-se a alienar até 31 de Junho de 2006 o edifício-sede. Ele ainda pertence ao Sporting, graças a quem? A si? Não me parece".
António Dias da Cunha também relata uma carta de Rui Meireles para fazer a sua defesa: "O Rui Meireles mandou-me há pouco uma carta onde diz: «É vergonhosa a campanha à presidência alicerçada na conversa do buraco financeiro». A conversa do buraco financeiro foi uma invenção sua para não ter concorrência nas eleições. «Ora, isto está mau e eu vou-me lá meter, é claro que não», foi isto que pensaram as pessoas que queriam concorrer. Se calhar, foi até isso que assustou Ernesto Ferreira da Silva. O Conselho Fiscal está tomado por si. Eu nunca tive influência no Conselho Fiscal, já o Sr. está lá metido todos os dias".
Ao ouvir isto, Soares Franco não se conteve e lançou mais uma "acha para a fogueira", acusando Dias da Cunha de ter "sacado ao clube, 45 milhões de euros", acrescentando ainda que "se a dívida do Sporting atinge hoje os 280 milhões de euros, muito se deve a si, que andou a roubar o clube".
Dias da Cunha afirmou que para explicar essa situação, precisaria de "mais do dobro do tempo que leva este debate. Mas se quiser explicações, terei todo o gosto em apresentá-las numa Assembleia Geral, se me derem tempo para falar".
Nas "alegações finais", Soares Franco prescindiu de falar, dizendo que "por mim está tudo explicado", enquanto Dias da Cunha afirmou que "o que me separa da actual direcção do Sporting é o conceito do que quero para o clube. O último serviço que posso prestar ao clube é assistir, impávido, a este caminho errado. Esta assembleia referendária é o caminho contrário. Como não se quer discussão, limitam-se a pedir que votem, e que aprovem. Não estão para dar explicações, e os sócios têm que ser esclarecidos. Mas, para isso, é preciso tempo. E tempo é coisa que o Sr. Soares Franco não quer «perder» explicando as coisas, pois acabaria por ser «descoberto»".
O debate que durou cerca de uma hora, foi marcado pelas fortes emoções, que cada um dos intervenientes pôs nas suas declarações.
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
domingo, 5 de abril de 2009
Liga Sagres: Sporting vence Leixões (1-0) em Matosinhos com um golo de Derlei
Um golo de Derlei bastou para o Sporting venceu o Leixões por 1-0, em jogo a contar para a 23ª Jornada da Liga Sagres, disputado esta tarde no Estádio do Mar.
Com este resultado, os "leões" continuam a sonhar com o título, pois estão a 4 pontos do líder F.C. Porto.
Crónica do Jogo:
A partida iniciou-se morna e sem grandes lances de perigo. Mas, aos 10 minutos, o Sporting resolve carregar no acelerador e passa a dominar o encontro.
Pouco depois, na primeira grande oportunidade, Derlei não desperdiça e abre o marcador, com um golo de pé esquerdo.
A partir daí, o Leixões tentou reagir, mas a bem organizada defesa leonina não deixou que os leixonenses fizessem mais que alguns tímidos remates.
Ao intervalo, o Sporting vencia por 1-0, resultado que se poderia considerar justo, pelo aquilo que fizeram ambas as equipas.
Na segunda parte, o Leixões entrou mais afoito e obrigou a formação leonina a jogar mal, tentando "sacudir" a forte pressão dos jogadores da casa.
Quando se esperava que a equipa de José Mota "caísse em cima" do Sporting, o treinador leixonense faz um autêntico disparate, ao tirar do terreno de jogo Chumbinho e Sony, que "apenas" estavam a ser os melhores jogadores em campo.
Com as entradas de Rodrigo Silva e Zé Manuel, o Leixões perdeu agressividade, e o Sporting começou a controlar a partida.
Até ao apito final, os leixonenses ainda fizeram alguns remates, que acabaram sempre nas mãos de Rui Patrício.
Uma nota final para as lesões de Fábio Rochemback e Leandro Romagnoli. Os dois jogadores tiveram que ser substituídos durante a primeira parte e, ao que parece, as mazelas são graves, o que irá impedir os jogadores de darem o seu contributo nos próximos compromisso da equipa leonina, juntando-se assim a Leandro Grimmi e Simon Vukcevic, que irão ficar no "estaleiro" até ao fim da época.
Sob a arbitragem de Pedro Proença, as equipas alinharam com o seguinte 11:
LEIXÕES - Beto; Nuno Silva, Laranjeiro, Élvis e Angulo; Bruno China, Hugo Morais e Diogo Valente; Roberto Sousa, Sony e Chumbinho
Jogaram Ainda: Rodrigo Silva, José Manuel e Ruben
SPORTING - Rui Patrício; Abel, Daniel Carriço, Andresson Polga e Marco Caneira; Fábio Rochemback, Bruno Pereirinha, João Moutinho e Leandro Romagnoli; Liedson e Derlei
Jogaram Ainda: Miguel Veloso, Adrien Silva e Yannick Djaló
Cartões Amarelos: Sony, Hugo Morais, Bruno China e Élvis
Cartões Vermelhos: Jorge Mendonça (treinador-adjunto do Leixões)
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
Com este resultado, os "leões" continuam a sonhar com o título, pois estão a 4 pontos do líder F.C. Porto.
Crónica do Jogo:
A partida iniciou-se morna e sem grandes lances de perigo. Mas, aos 10 minutos, o Sporting resolve carregar no acelerador e passa a dominar o encontro.
Pouco depois, na primeira grande oportunidade, Derlei não desperdiça e abre o marcador, com um golo de pé esquerdo.
A partir daí, o Leixões tentou reagir, mas a bem organizada defesa leonina não deixou que os leixonenses fizessem mais que alguns tímidos remates.
Ao intervalo, o Sporting vencia por 1-0, resultado que se poderia considerar justo, pelo aquilo que fizeram ambas as equipas.
Na segunda parte, o Leixões entrou mais afoito e obrigou a formação leonina a jogar mal, tentando "sacudir" a forte pressão dos jogadores da casa.
Quando se esperava que a equipa de José Mota "caísse em cima" do Sporting, o treinador leixonense faz um autêntico disparate, ao tirar do terreno de jogo Chumbinho e Sony, que "apenas" estavam a ser os melhores jogadores em campo.
Com as entradas de Rodrigo Silva e Zé Manuel, o Leixões perdeu agressividade, e o Sporting começou a controlar a partida.
Até ao apito final, os leixonenses ainda fizeram alguns remates, que acabaram sempre nas mãos de Rui Patrício.
Uma nota final para as lesões de Fábio Rochemback e Leandro Romagnoli. Os dois jogadores tiveram que ser substituídos durante a primeira parte e, ao que parece, as mazelas são graves, o que irá impedir os jogadores de darem o seu contributo nos próximos compromisso da equipa leonina, juntando-se assim a Leandro Grimmi e Simon Vukcevic, que irão ficar no "estaleiro" até ao fim da época.
Sob a arbitragem de Pedro Proença, as equipas alinharam com o seguinte 11:
LEIXÕES - Beto; Nuno Silva, Laranjeiro, Élvis e Angulo; Bruno China, Hugo Morais e Diogo Valente; Roberto Sousa, Sony e Chumbinho
Jogaram Ainda: Rodrigo Silva, José Manuel e Ruben
SPORTING - Rui Patrício; Abel, Daniel Carriço, Andresson Polga e Marco Caneira; Fábio Rochemback, Bruno Pereirinha, João Moutinho e Leandro Romagnoli; Liedson e Derlei
Jogaram Ainda: Miguel Veloso, Adrien Silva e Yannick Djaló
Cartões Amarelos: Sony, Hugo Morais, Bruno China e Élvis
Cartões Vermelhos: Jorge Mendonça (treinador-adjunto do Leixões)
Jornalista: João Miguel Pereira
Foto: A Bola
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